Mensagens

A mostrar mensagens de maio, 2021

Apanhado de surpresa

  Quando estava no isolamento aconteceu uma que nunca me iria passar pela cabeça. Um belo dia estava eu a tomar o meu pequeno almoço descansado da vida quando entra uma médica de urologia a dizer que tinham visto uma pedra a obstruir a saída da urina para a bexiga e o rim estava já a ficar em pressão, e que ia marcar o bloco ainda para esse dia. E assim foi, mais tarde nesse dia prepararam me para ir para o bloco, lá fui eu para o bloco de urgência covid, quando lá cheguei tive que estar há espera na sala de recobro, algum tempo depois sou levado para o bloco e transferido para a maca. E então fui mais uma vez ao bloco porque, estão vocês a perguntar, então como tinha aquela tal pedra teria que colocar um duplo j para assim poder drenar o xixi para a bexiga, como o duplo j tem que ser colocado com anestesia. A intervenção foi rápida e o recobro também foi rápido, e nesse dia voltei para o quarto a horas de jantar. Acho que já me aconteceu de tudo ate agora vamos ver se há mais.... 

A passagem de ano...

  E chegou a altura da passagem de ano, aqui na enfermaria estava como um dia normal, isto foi antes de estar positivo covid 19, e então ia vendo o que dava na televisão, acabei a ver a passagem de ano na madeira pela tv. Perto das onze da noite, veio um interno a levar me um copo de vinho para celebrar as doze badaladas, e assim foi fiz um brinde com a minha grande amiga Sílvia Rosa. Passado pouco tempo depois de acabar o fogo de artificio despedimos nos e fomos para a cama, já estamos velhos para ficar a ver a passagem de ano na televisão.  Mas não nos deixamos ir abaixo por não termos estado fisicamente.  Sempre com muita força

Que mais falta me acontecer

  Nos dias seguintes ao Natal nada de revelante aconteceu nem mesmo na passagem de ano, mas no final do mês de janeiro ouve um surto de covid 19 na enfermaria de ortopedia, do corpo de enfermagem teve treze infetados, eles sempre me tentaram resguardar do vírus, mas não tive sorte, também fiquei infetado. Quando o médico entra no quarto e me diz que o meu teste tinha dado positivo, nesse momento só pensei, e se o sacana me apanha os pulmões, mas pronto não havia nada a fazer. Sou então colocado numa zona de isolamento na ortopedia e passado dois dias desço um piso e vou para uma enfermaria covid, onde fico durante dezoito dias. Aqui o problema não foi estar isolado noutro piso onde os auxiliares e enfermeiras só entravam no inicio e no fim do turno, ou então em caso de urgência, mas porque era tão mau assim, o quarto tem uma televisão que não dava nada, como se já não chegasse estar em isolamento ainda levamos com esta situação. Enviei um mail a reclamar esta situação, ao qual tive a r

A psicóloga

  O Dr. Joaquim tinha me dito que a psicóloga iria estar comigo antes da operação, para me ajudar com o que fosse necessário. Ora se estivesse há espera dela ainda não tinha sido operado, eu esperei os dias que antecederam a operação mas não entrou ninguém no quarto. Entrou sim mas foi um utente brasileiro, que teve um acidente de moto, ele então partiu os dois braços e tinha também alguma coisa no joelho esquerdo, entretanto os familiares foram lhe levas o telemóvel e os fones, mas coitado do rapaz volta na volta o fone saia do ouvido e ele com os braços com gesso ate quase há ponta dos dedos, mas eu como ainda andava ia lá colocar lhe o fone no ouvido, ele ficava todo feliz. Mas vamos ao que interessa, a psicóloga, não apareceu no quarto para falarmos antes da operação. Dois ou três depois da operação a senhora psicóloga liga me para o telemóvel as 22 horas, e porque de estar a ligar a essa hora, então a senhora tinha que deixar o trabalho orientado para o colega que a ia substituir

Um Natal diferente

  Os dias foram passando e eu lá estava no mesmo quarto a ver as mesmas paredes, não vou negar ouve dias que eram bastante aborrecidos, mas nunca perdi a força que ainda hoje tenho. Temos que erguer a cabeça e dizer que nada nos vai derrubar, temos que estar sempre focados numa coisa, a nossa vitoria sobre a doença, há pessoas que estão numa situação bem pior que a nossa, e essas pessoas não perdem o foco e a vontade de vencer. Mas voltando há minha historia de hoje, os dias iam passando ate que chega a véspera de Natal, iria passar esse dia e noite numa cama de hospital e sozinho, entretanto fiz um pedido ao Dr. Joaquim para a minha amiga Sílvia para ir lá um pouquinho. E ele aceitou e uns dias antes do Natal ofereceu me uma caixinha com uns doces, e assim a minha amiga na noite de Natal por volta oito da noite já estava comigo, foi muito bom poder estar umas horas com uma pessoa amiga. Foi uma consoada diferente, mas muito feliz....  

Uma precária

  Como vocês devem compreender o que aqui vos conto poderá não estar na cronologia certa, uma vez que vou escrevendo como me lembro. Antes de iniciar a radioterapia pedi ao meu médico para ir passar uns dias a casa, pedido esse que ele autorizou. Assim foi na quinta feira lá veio a minha grande amiga Sílvia Rosa, buscar me para passar os quatro dias em casa dela, ela tinha tudo preparado para mim. Só o facto de poder sair do quarto, em que não vez mais nada sem ser as paredes e onde as janelas tem uns estores que só abrem, não tens forma de fazer entrar o sol na janela toda, só isso já era muito bom, poder respirar ar puro, poder apanhar sol, isso é tão bom. E entretanto chegamos a casa, foi logo muito bem recebido pelos canitos que já não me viam há uns quantos meses, e é tão bom matar as saudades deles. Chegados a casa fico na cadeira de rodas para me poder movimentar pela casa e poder ir ao jardim, matar saudades de tudo, foram vários meses fechado na quarto de hospital. Foram quatr

Um ciclo que fica por fechar

  No dia onze de novembro por volta das dezanove horas toca o meu telemóvel, era o numero do meu pai, achei estranho mas atendi, e não era ele do outro lado era a minha irmã e não tinha nada boas noticias.  E então é quando ela me diz que a minha mãe tinha morrido nas mãos dela, no dia de S. Martinho onze de novembro ás desaseis e trinta, e eu estava internado no hospital sem poder lá ir.  Foi muito difícil gerir todas as emoções que estava a sentir na altura, depois de ela me contar como foi tudo e desligar, a primeira coisa que fiz foi ligar para a minha grande amiga Sílvia Rosa, que me tem apoiado nestas batalhas todas, tem me apoiado ela e o marido José Rosa que esta a oito mil quilómetros de distancia mas todos os dias envia uma mensagem para saber como estou. Voltando ao telefonema, segundo as enfermeiras a minha mãe no dia antes esta bastante controlada e consciente do que estava a acontecer, disse as enfermeiras que eu estava no hospital de Santa Maria a lutar contra um tumor q

O inicio da radioterapia

  Passado uma semana  mais coisa menos coisa, vou pela primeira vez há radioterapia, já tinha ouvido falar da radioterapia mas não sabia como era na realidade, então entrei para uma sala que tem uma maquina igual as da TAC, sou colocado nessa tal máquina e a minha perna é colocada numa almofada quem tem um material que não sei bem o que é. Depois de estar confortável ligam uma maquina de vácuo e a almofada fica com a forma da minha perna e depois disso são ligados uns laser que estão colocados exatamente da mesma forma que na maquina que faz a radioterapia, e são feitas umas marcas em tinta da china, isto é foito para se poder colocar a perna sempre na mesma posição. Nesse dia não fiz radioterapia, só fiz no dia seguinte, e ganhei alguma coisa com a radioterapia, mas isso conto-vos amanha.    

Bloco mais uma vez

  Ora como eu já vos tinha dito, a intervenção há uretra não tinha resultado, ou seja tinha que ir novamente ao bloco para se fazer a reconstrução completa da uretra. Lá fiquei eu há espera do dia, e esse dia chegou até rápido, como ia ser operado logo na primeira hora a higiene foi feita de madrugada, se não estou em erro foi perto das sete da manhã. Como sempre colocaram a bacia com a água junto a mim, eu só necessito de ajuda para me lavarem as costas, o resto da frente sou eu que faço, passados dois ou três dias de estar na enfermaria comecei logo a fazer a minha higiene. Isso é outra coisa que eu não percebo, se os utentes tem capacidade de tratarem da sua própria higiene, porquê de estarem há espera das e dos auxiliares e das e dos enfermeiros para a fazerem, eles são minimamente autónomos, mas entram naquela coisa de eles estão aqui a trabalhar é para me servirem, nem nas trocas de fraldas ajudam a virar para um lado e para o outro. Mas vamos ao que interessa, a minha operação,

Todo o tipo de utentes na enfermaria

  Estar vários meses em internamento, tem esta coisa que é apanhar mos vários tipos de pessoas em internamento. Apanhamos desde a pessoa que está completamente desorientada e não sabe onde esta ou a que depois de lhe explicarem que não se pode levantar porque foi operada há coluna, ou as que são completamente surdas que tem que gritar nos ouvidos delas e essas por norma falam sempre muito alto. Outra coisa que não consigo perceber e notei que isso aconteceu muitas vezes, é estarem a mexer na fralda suja, e depois ficam todos sujos. Esta estória que vos vou contar aconteceu com um auxiliar, que é um excelente auxiliar, e uma senhora que ouvia muito mal mas era muito mal educada para os auxiliares, era daquelas pessoas que acham que eles estão ali para os servir e que tem que estar logo lá quando tocam a campainha. Mas vamos lá então ao que interessa, há uma vez que o auxiliar fez o mesmo que faz todos os dias e varias vezes ao dia, e neste dia fez o mesmo, perguntou se a senhora tinha a

O resultado da operação há uretra e colocação de uma supra púbica

  Algum tempo depois de ter feito a intervenção na uretra chegamos há conclusão de que a operação não resolveu o problema e teríamos que voltar ao bloco para se fazer uma reconstrução total mas corríamos o risco de mais tarde colapsar. Entretanto teríamos que arranjar forma de retirar a urina da bexiga sem a estar a colocar na loca da amputação, e como se pode fazer isso? Colocando uma supra púbica, ou seja é feito um buraco logo abaixo do umbigo até há bexiga, e depois coloca se um algalia por esse buraco e a urina passa a sair por ai, evitando que saia pela uretra podendo se fazer a reconstrução total da mesma. Lá chega o dia de ir as técnicas de urologia para colocar a dita supra púbica, sou então colocado no cadeirão que lá esta e a minha perna é colocada num apoio, fico na mesma posição que as gravidas ficam. Depois de toda a zona onde vai ser feita a inserção ser desinfetada, é colocada a camara pela uretra para saber se estão no caminho certo, e dão me uma anestesia local e com

Mais uma ida ao bloco desta vez de ortopedia e entrecosto

 Já tinha tirado os pontos há algum tempo, quando o Dr. Joaquim me disse que tinha que ir ao bloco para fazer uma limpeza do coto, uma vez que havia uma coleção na loca do coto. Então lá vou eu mais uma vez para o bloco, passo da cama para a maca do bloco, mas desta vez o anestesista propôs que em vez de anestesia total fazer se só um bloqueio parcial, neste caso seria um pouco acima da zona do umbigo até ao pé. Eu aceitei a proposta do anestesista, e passado pouco tempo entrou o Dr. Joaquim juntamente com o Dr. André e começam a fazer a tal limpeza a que eles dão o nome técnico de raspagem, a meio dessa raspagem. Ás tantas senti um peso sobre a minha barriga e colostomia e perguntei quem é que estava encostado ao balcão da taberna, e imediatamente responde o Dr. André e pediu desculpa. Entretanto entra o Dr. Chambel para assistir, nesta altura ele ainda era interno, e o Dr. Joaquim pergunta lhe como estava o entrecosto, ao que ele responde que estava tudo tratado. Depois o Dr. Joaquim

O primeiro exame da urologia e a primeira ida ao bloco

 E lá chega o dia de ir fazer o tal exame nas técnicas de urologia, lá vou eu de cadeira de rodas e sou colocado numa maquina de RX. O exame no fundo era tirar imagens com um liquido de contraste, e conseguiu se perceber o que estava mal ali. Era uma fistula que tinha aberto então a solução seria fechar essa fistula com intervenção cirúrgica, e lá fico eu há espera para fazer mais esta cirurgia. Então lá vou eu para o bloco de urologia para se resolver a fistula, mais uma vez sou preparado para uma anestesia geral, e mais uma uma vez só ouvi dizerem que respire um pouco com a mascara, e apaguei. Acordo no recobro não sei quantas horas depois, soube mais tarde que a operação tinha demorado cinco horas, mais tarde lá subi para a enfermaria novamente sem dores e confiante que tinha corrido tudo bem. O resultado só mais tarde iremos saber como correu.  

Braço de ferro com os médicos

 Estava já há algum tempo na enfermaria quando aconteceu isto que vos vou contar. A urologia deu ordem para se retirar a argala, e controlar se a quantidade de urina que estava a fazer, mas não estava a fazer nenhum xixi, e comecei a notar que o liquido que estava a sair no dreno do coto era muito parecido com a urina. Informei os médicos sobre isto, e foi me dito que iriam falar com a urologia sobre esta situação, ficando a aguardar a urologia. Voltaram a algaliar de novo, passando uma semana e nada da urologia, mais uma semana passada e nada, foi então quando eu já farto desta situação, eu disse para o médico que estava a chefiar a equipa, que não se fazia penso de vácuo se não se resolvesse a situação de não fazer xixi de forma normal. Quando disse isto o Dr. Paulo Almeida pergunta quem era eu para não deixar fazer o penso, e eu respondi, sou dono do meu corpo, estou consciente e com todas as minhas faculdades mentais, por isso mexem no meu corpo com o meu consentimento. E ele respo

Dores muitas dores

 E pronto lá estou eu no quarto na enfermaria do hospital, com alguns espasmos na bexiga mas segundo os médicos era normal e com a medicação ia fazer efeito e diminuía. Mas no segundo dia em enfermaria aconteceu uma coisa que nunca imaginei que acontecesse, deixaram terminar a medicação para as dores no coto, medicação essa que tinha que ser preparada na farmácia. A medicação era dada na coluna como se fosse uma epidural, e quando começou a passar o efeito da ultima dose dada pela máquina meus amigos as dores são horríveis. O enfermeiro que estava com comigo fez de tudo para poder aliviar as dores até chegar a outra medicação, que ainda levava umas horas para estar pronta e subir da farmácia. Lá me fui queixando com dores mas a tentar aguentar, e finalmente chega a medicação, duas horas e meia depois de ter terminado a que estava na máquina, e digo vos uma coisa assim que é dada a primeira descarga sente se um alivio tão grande. Mias tarde nessa noite, já depois da meia noite sou troca

O acordar nos cuidados intensivos

 Acordei dois dias depois da cirurgia na unidade de cuidados intensivos, mas não é um acordar normal. Lembro me de uma voz a dizer para respirar, segundo ao que soube depois o meu corpo esquecia se de respirar, mas como estava entubado ainda, e diga se de passagem que aquilo é uma coisa horrível ter um tubo na boca. Outra sensação horrível é estar minimamente consciente e sentir os pulmões a encher de ar e depois a esvaziar, e quando começamos a respirar a maquina deixa de  fazer essa respiração por nos. Mas como estava a dizer lá ficando cada vez mais consciente até que fiquei completamente consciente, mas continuava com o tubo na boca e com a sonda no nariz para alimentação caso fosse necessário. Mais tarde nesse dia depois de se certificarem que estava a respirar normal e sem problemas, retiraram o tubo do ventilador, e posso lhes dizer que aquilo não é nada agradável, é uma sensação de arranhar na garganta e parece que ficamos com a garganta em ferida, nesse dia e noite ainda fique

E eis que chega o dia da cirurgia....

 Bom em relação a este dia e aos seguintes não tenho grandes recordações, mas vamos lá ao que me lembro. Sete da manha e o maqueiro vem me buscar ao quarto e lá vou eu deitado na cama e só me lembro das cenas dos filmes em que só se vê as luzes do tecto.  Aqui foi a mesma coisa, chegado ao bloco entrei na área de transferência e passaram me da cama para a maca. Sou preparado ali e entro no bloco propriamente dito, cheio de luzes e maquinas de apoio. No bloco sou preparado pela equipa de anestesistas, as tantas pedem me para colocar na posição fetal para se poder colocar a epidural e ficar o cateter que vai administrar medicação para as dores nos próximos dias, a entrada da medicação na coluna parece alguma coisa de vidro a partir. Depois disso volto há posição que estava, de barriga para cima, e colocam me os sensores para monitorizar a frequência cardíaca e colocam me uma fita na testa com uns picos, perguntei o que era aquilo, a anestesista disse me que era para ver o movimento cereb

Até no hospital encontra-se racistas

 Ora então quando estava a fazer a preparação para a operação, que consistia em tomar um medicamento para ficar com os intestinos limpos. Digamos que chega a uma altura já só sai agua…. No sábado deu entrada um rapaz brasileiro com dois braços  partidos e provavelmente o joelho também com algumas mazelas. Coitado do rapaz sempre que lhe caia o fone do ouvido lá ia eu colocar lhe novamente no ouvido, mas não e para falarmos dele que aqui estamos. Estava também dou senhores de mais idade, um deles deslocava se na cadeira de rodas, e nesse dia quem estava de serviço era uma enfermeira africana e uma auxiliar também africana. Eu tinha ido fazer um exame e quando voltei ao quarto estava esse senhor que se deslocava de cadeira de rodas, aos gritos porque tinha feito as necessidades e ninguém o vinha limpar. Entretanto entra a auxiliar no quarto e diz para o senhor ter calma que se não tinha lá ido era porque não teve tempo para isso. O homem lá se calou e ligou para a esposa, e o que ele dis

A preparação para a cirurgia

  No dia 14 de agosto lá estava eu e a minha grande amiga  Sílvia Rosa, esperamos que me viessem buscar para ir para o quarto da enfermaria. Então depois de almoço la me vieram buscar para internar e começar a fazer uma medicação para limpar o intestino, isto porque um dos procedimentos médicos que iria fazer seria uma colostomia. Já quase no final do dia o Dr. Joaquim entrou no quarto para me explicar o que se teria de fazer, e foi muito direto, não esteve com meias medidas e colocou todas as hipóteses em cima da mesa. Então depois de ver a ultima RM chegou a conclusão que era muito maior que inicialmente se pensava, logo a abordagem iria ser diferente. Então vamos lá ver que caminhos podemos seguir, um dos caminhos seria ficar com o membro, mas sem qualquer mobilidade uma vez que todos os músculos da coxa teriam que ser retirados, ou seja ficava com a perna sem qualquer mobilidade. Outra possibilidade seria amputar a perna, assim poderia ter alguma mobilidade seja em andarilho seja e

O plano de batalha para vencer a guerra.

 Olá meus amigos, então cá vai mais um pouco desta luta. Fui então chamado a ter uma consulta com o Dr. Joaquim do Brito. Esta consulta eu lembro me bem da data dela, foi a 17 de Julho, mais há frente já vou explico porque me lembro da data. O Dr. Joaquim depois de ver os meus exames e relatórios, pediu para ver o alto na perna e diz-me que não seria muito complicado porque sou magro. Eu entretanto disse lhe que tinha imensas dores e ele ajusta a medicação, e diz o seguinte. Dentro de um mês estamos a realizar a cirurgia, é só o tempo de reunir a minha equipa que vai estar comigo no bloco. E como veem é por este motivo que eu me lembro da data da consulta . Passadas 2 semanas mais ou menos recebo o telefonema do hospital a dar me a data de internamento e da cirurgia, tinha que estar na enfermaria da ortopedia no dia 14 de Agosto para fazer a preparação para a cirurgia que é no dia 17 de Agosto há primeira hora do bloco, ou seja, ás 8 da manha. E a seguir é que esta luta começa a ser in

E a historia continua

 Ora continuando a historia da minha luta, depois de ter visto os exames e relatórios a médica dá-nos uma noticia que ninguém gosta de ouvir . O tumor que eu tenho é um condrosarcoma , um tipo de tumor raro e muito violento . Este tipo de tumores alem de ser violento, não responde ás formas de tratamento, mas vamos em frente e tentar tudo para o parar e erradicar. A médica encaminhou me então para o Dr. Joaquim do Brito, e para a cirurgia oncológica onde se iria tirar o tumor e fazer o necessário para ficar minimamente com autonomia. Não percam os desenvolvimentos desta luta.      

Não sei como começar a historia da minha luta

O melhor è mesmo começar pelo inicio . Eu tinha na minha virilha esquerda um alto a ficar cada vez maior, mas não ia ligando a nada do que estava a acontecer .Como toda a vida quando ia as urgências com dores nas costas os médicos diziam que era uma rotura de ligamentos e nunca me mandaram fazer mais exames nenhuns . Mas as dores eram tantas que já tinha dificuldade em andar, em dormir, e a fazer as minhas necessidades. Então decidi ir mais uma vez as urgências e tentar a minha sorte, e por acaso tive sorte estava um excelente medico nas urgências de Vila Franca de Xira. Nessa tarde e noite ele mandou fazer uma serie de exames, primeiro fiz uma ecografia depois ele mandou fazer uma Tac . Entretanto tinha uma massa mas não se sabia o que era na realidade. Fico então internado na medicina 1 quinze dias para tentarem perceber o que era aquela massa .No ultimo dia de internamento faço uma RM e depois uma biopsia há massa. Tenho alta de Vila Franca de Xira  e fico a aguardar os resultados d