Uma precária
Como vocês devem compreender o que aqui vos conto poderá não estar na cronologia certa, uma vez que vou escrevendo como me lembro.
Antes de iniciar a radioterapia pedi ao meu médico para ir passar uns dias a casa, pedido esse que ele autorizou.
Assim foi na quinta feira lá veio a minha grande amiga Sílvia Rosa, buscar me para passar os quatro dias em casa dela, ela tinha tudo preparado para mim.
Só o facto de poder sair do quarto, em que não vez mais nada sem ser as paredes e onde as janelas tem uns estores que só abrem, não tens forma de fazer entrar o sol na janela toda, só isso já era muito bom, poder respirar ar puro, poder apanhar sol, isso é tão bom.
E entretanto chegamos a casa, foi logo muito bem recebido pelos canitos que já não me viam há uns quantos meses, e é tão bom matar as saudades deles.
Chegados a casa fico na cadeira de rodas para me poder movimentar pela casa e poder ir ao jardim, matar saudades de tudo, foram vários meses fechado na quarto de hospital.
Foram quatro dias muito bons que deu para recarregar baterias para continuar a luta contra este inimigo silencioso, mas eu vou lhe dar luta até não ter mais forças.
Passados quatro dias lá volto eu para o mesmo quarto de hospital, mas com mais força para lutar.
Mais historias serão reveladas lá mais para a frente....
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