O acordar nos cuidados intensivos

 Acordei dois dias depois da cirurgia na unidade de cuidados intensivos, mas não é um acordar normal.

Lembro me de uma voz a dizer para respirar, segundo ao que soube depois o meu corpo esquecia se de respirar, mas como estava entubado ainda, e diga se de passagem que aquilo é uma coisa horrível ter um tubo na boca.

Outra sensação horrível é estar minimamente consciente e sentir os pulmões a encher de ar e depois a esvaziar, e quando começamos a respirar a maquina deixa de  fazer essa respiração por nos.

Mas como estava a dizer lá ficando cada vez mais consciente até que fiquei completamente consciente, mas continuava com o tubo na boca e com a sonda no nariz para alimentação caso fosse necessário.

Mais tarde nesse dia depois de se certificarem que estava a respirar normal e sem problemas, retiraram o tubo do ventilador, e posso lhes dizer que aquilo não é nada agradável, é uma sensação de arranhar na garganta e parece que ficamos com a garganta em ferida, nesse dia e noite ainda fiquei com a sonda no nariz, no dia seguinte a enfermeira encheu a sonda com agua e deu me a beber um chá para ver qual a reação do estomago.

E como correu tudo bem lá me retiraram a sonda do nariz, outra coisa que não é nada agradável, entretanto perto da hora de almoço tiram me do pulso direito um tubo que estava colocado numa artéria sanguínea para ver a pressão do sangue, e passado pouco tempo levam me para a enfermaria da ortopedia.

Vou então para o mesmo quarto que tinha dado entrada, mas no final desse dia tenho uns espasmos na bexiga e sou visto por um medico da urologia para tentar perceber o que se estava a passar, ele fez me uma lavagem e receitou uns medicamentos para isso mesmo. 

E por hoje ficamos por aqui, amanhã há mais.

 

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